A importância da conscientização do lúpus

Finalmente chegou o mês de maio! 
O dia 10 de maio é o DIA MUNDIAL DE ATENÇÃO A PESSOA COM LÚPUS. O Dia Mundial do Lúpus enfoca a necessidade de aumentar a consciência pública, a compreensão da doença, uma maior atenção dos médicos, bem como o aumento da investigação sobre as causas e a procura de uma cura. Essa luta é nossa! Vamos divulgar!
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"O corpo sempre nos dá algum sinal quando algo não vai bem, desde uma simples dor de cabeça e febre. A fadiga, por exemplo, tão desconsiderada por muitos; pode ser um dos primeiros sintomas do desencadeamento de uma doença autoimune."  
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica e autoimune do tecido conjuntivo que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como as outras doenças autoimunes, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e, às vezes, sequelas teciduais. Ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens, especialmente na idade reprodutiva - apresentado pelos médicos da especialidade de Reumatologia. 


Existem dois tipos principais de lúpus: o discoide, que se manifesta apenas na pele, principalmente nas áreas que ficam expostas ao sol; e o sistêmico, no qual são acometidos órgãos internos, principalmente os rins - assim como também pode afetar a pele.


Lúpus não é uma doença contagiosa. Sua causa é desconhecida e sabe-se apenas que alguns fatores estão envolvidos no desencadeamento da doença. Por exemplo: ambiente (luz solar, estresse, certos medicamentos e vírus); hormônios, problemas genéticos e diversos distúrbios do sistema imunológico.)


Os sintomas variam de acordo com o organismo de cada pessoa e, portanto, o tratamento é individual. As manifestações mais comuns são: fadiga, febre, sensibilidade ao sol (fotossensibilidade), inflamações na pele, articulações (dores e inchaços nas juntas), rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio).


O diagnóstico não é tarefa fácil, muitas vezes ele acaba sendo confundido com outras doenças, requer uma série de exames específicos e uma excelente observação clínica. É estritamente importante que o diagnostico seja feito por um médico especialista e, de preferência, com experiência na temática; para que não haja nenhum risco de negligência médica (que não é um assunto incomum). Já houve muitos casos de pessoas que tinham a doença desencadeada muito antes de conseguir o diagnóstico e/ou também casos de pessoas que passaram longos tempos fazendo tratamentos para outras doenças sendo que o problema era lúpus e, quando assim; o comprometimento dos órgãos vitais podem ser maiores. Se tratando de doença autoimune, não se pode perder tempo com medicamentos inadequados, é necessário que o tratamento seja especifico para controlar o excesso de produção (ou a carência) de anticorpos. 

 
Segundo a O.N.G "Lupus Foundation of America", estima-se que mais de 5 milhões de pessoas no mundo tenham lúpus, entre elas muitas ainda não sabem; porque nunca receberam informações eficazes sobre a doença e, por isso, não procuram ajuda medica a tempo.


A vida de uma pessoa com lúpus é marcada com muitos altos e baixos, num momento a doença pode estar ativa a todo vapor e em outro encontrar estabilidade. O indivíduo que se encontra neste segundo momento; pode até apresentar uma boa aparência e ser confundido com uma pessoa saudável, e este é um dos motivos que muitos pacientes se queixam por serem mal interpretados, até mesmo pelos próprios familiares - que não deixa de ser uma forma de preconceito com a dor alheia.


Nesta semana recebi uma mensagem de um rapaz com lúpus, que mora em Recife/ Brasil, o qual reclamava que não conseguiu concluir o afastamento pelo INSS devido que a médica da perícia duvidou que ele não tinha condições para trabalhar ( mesmo mostrando o laudo de seu especialista). Pode ser, que ela tenha visto desta forma por ele ser jovem e apresentar uma boa aparência, no entanto, ele precisou remarcar a entrevista do INSS para ser reavaliado por outro médico. Infelizmente, casos como este se repetem com muita frequência; além de que muitos pacientes tenham que enfrentar os conflitos internos com a atividade da doença, ainda precisam lidar com esses tipos de situações, já que; a doença só é compreendida pelos médicos especializados, isso é: alguns clínicos gerais não entendem. Para piorar ainda mais a situação, as manchetes nem sempre abrem espaço para divulgar informações sobre doenças autoimunes.


Se você fica doente com muita facilidade, tem a pele sensível e propensa a alergias, fotossensibilidade ou sofre de algum problema de saúde que nunca descobriram a causa, vale a pena se informar e conhecer melhor sobre o lúpus, principalmente se na sua família já tem algum caso, pois há uma grande relevância na genética. 


O corpo sempre nos dá algum sinal quando algo não vai bem, desde uma simples dor de cabeça e febre. A fadiga, por exemplo, tão desconsiderada por muitos, pode ser um dos primeiros sintomas do desencadeamento de uma doença autoimune.  


Se informe e compartilhe toda a informação que vier adquirir, quanto mais pessoas conhecerem sobre o lúpus – " o camaleão das doenças" -, mais chances temos de impedir maiores complicações e, inclusive, salvar algumas vidas.


Na realidade, lúpus não é uma doença grave e mortal, mas a falta do diagnóstico precoce e a carência de medicamentos adequados podem comprometer o sucesso do tratamento e se tornar fatal. 



Dia 10 de maio, se celebra o "Dia Mundial de Atenção à Pessoa com Lúpus".


"Aquele que não tem tempo pra cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo pra cuidar da doença" - Lair Ribeiro 


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